Não conhecia Bernard Cornwell, para minha tristeza e vergonha. Foi em um grupo em uma rede social que o conheci, pois todos falavam muito bem de suas obras e decidi me aventurar em seus romances históricos épicos. Cornwell é considerado o melhor autor em relação à narração de batalhas, e eu concordo. Em O Último Reino, primeiro livro das crônicas saxônicas, a história é narrada pelo olhar de um garoto de nove anos, Uhtred, filho de Uhtred, Rei de Bebbanburg.
Os dinamarqueses, tratados aqui não como vikings, mas como nórdicos ou pagãos, começam a expandir a sua ocupação do território inglês. Uhtred, após acompanhar o seu pai e o pequeno exército até Eoferwic, vê todos serem trucidados pelos pagãos e vê seu pai morrendo. Em um ato de coragem, ele parte para cima de Ragnar, o Intrépido, para matá-lo. Mas, o garoto teve seu golpe frustado e Ragnar ficou rindo da ousadia do garoto, e só por isso ele deixou Uhtred vivo e o adotou como filho. Ao decorrer da história, vemos Uhtred crescendo, ganhando músculos e se afeiçoando ao povo dinamarquês que lhe acolheu. Mas conforme ele vai crescendo, a indecisão também vai. Mesmo amando todo
aquele universo de lutas em que cresceu, Uhtred ainda sabe que é inglês e que deve lutar pela sua terra. O reino de Bebbanburg era seu por direito, mas seu tio acabou tomando o seu lugar no trono e começou a querer matar o jovem. Ele vai crescendo, lutando com os dinamarqueses, mas a ideia de tomar o que é seu por direito não o deixa.
De um lado um exército que tem como deus o Deus cristão, do outro, os nórdicos que tem como deuses Tor e Odin. É sarcástico como Cornwell narra esse assunto de religião, isso vemos por causa de Uhtred, que acha mais interessante morrer e ir pro Valhalla, fornicar e lutar, ao invés de ir para o céu, onde ele diz que é muito sem-graça. Esse romance histórico é muito bem desenvolvido, principalmente pelos detalhes sobre a vida de Alfredo, O Grande, que era um rei acometido por uma doença chamada Crohn, que causa dores abdominais agudas, e de hemorroidas crônicas. Alfredo é o último rei que ainda está de pé na Inglaterra, e vai lutar pelo último reino, Wessex, ser vitorioso e assim não permitir que o território inglês desapareça de vez.
Além das batalhas muito bem narradas, com suas paredes de escudos e o derramamento de sangue, Cornwell traz também os detalhes sobre como o povo daquela época viveu. E são detalhes tão bem explicados, que fica à altura das cenas de batalhas.
É incrível ver como o autor desenvolve a história, que claro, tem um pano de fundo histórico real, mas certos personagens e situações são fictícias, mas que parecem tão reais, que quando terminamos a leitura do livro queremos insanamente dar continuidade e ler as próximas crônicas.
O Destino é tudo. - Uhtred.
Mais Informações:
Título: O Último Reino (#1 Crônicas Saxônicas)
Autor: Bernard Cornwell
Editora: Record
Páginas: 364
Avaliação: ★★★★★
Sinopse: O Último Reino é o primeiro romance de uma série que contará a história de Alfredo, o Grande, e seus descendentes. Aqui, Cornwell reconstrói a saga do monarca que livrou o território britânico da fúria dos vikings. Pelos olhos do órfão Uthred, que aos 9 anos se tornou escravo dos guerreiros no norte, surge uma história de lealdades divididas, amor relutante e heroísmo desesperado. Nascido na aristocracia da Nortúmbria no século IX, Uthred é capturado e adotado por um dinamarquês. Nas gélidas planícies do norte, ele aprende o modo de vida viking. No entanto, seu destino está indissoluvelmente ligado a Alfred, rei de Wessex, e às lutas entre ingleses e dinamarqueses e entre cristãos e pagãos.
Título: O Último Reino (#1 Crônicas Saxônicas)
Autor: Bernard Cornwell
Editora: Record
Páginas: 364
Avaliação: ★★★★★
Sinopse: O Último Reino é o primeiro romance de uma série que contará a história de Alfredo, o Grande, e seus descendentes. Aqui, Cornwell reconstrói a saga do monarca que livrou o território britânico da fúria dos vikings. Pelos olhos do órfão Uthred, que aos 9 anos se tornou escravo dos guerreiros no norte, surge uma história de lealdades divididas, amor relutante e heroísmo desesperado. Nascido na aristocracia da Nortúmbria no século IX, Uthred é capturado e adotado por um dinamarquês. Nas gélidas planícies do norte, ele aprende o modo de vida viking. No entanto, seu destino está indissoluvelmente ligado a Alfred, rei de Wessex, e às lutas entre ingleses e dinamarqueses e entre cristãos e pagãos.
Tu já deveria ter lido Cornwell muito antes mesmo. Eu sempre falo pro pessoal apostar nos livros dele, e quem faz isso raramente se arrepende. Tomara que você continue a ler toda a série, tenho certeza que irá gostar.
ResponderExcluirAbraços e até mais!!
http://desbravandolivros.blogspot.com.br/
E aí Vagner! Pois é cara, mas só vim conhecer o Cornwell lá no grupo, e isso foi muito bom! Eu pretendo ler toda a série sim, e tenho certeza que irei gostar dos outros livros assim como adorei esse primeiro. Abraços!
ExcluirE aí, Allenylson!!
ResponderExcluirCara, esse foi um dos melhores (se não o melhor) livro de ficção histórica que já li. Cornwell é um baita de um mestre em descrever as tão excitante paredes de escudos!
Assim como você, eu quero dar continuidade na leitura das Crônicas Saxônicas, e ler o máximo de livros do Cornwell que e conseguir hahaha.
Confere a resenha que eu fiz lá no Bravura Literária.
Abraços, e lembre-se: o destino é tudo!
www.bravuraliterariablog.blogspot.com.br
Fala, Phelipe! Acho o Cornwell o melhor autor de romance histórico que eu já tinha lido, o cara é simplesmente genial! Vou dá uma passada lá no seu post, abraços.
ExcluirO destino é tudo!
Ignora as letras comidas kkkkkk. Meu teclado não ajudou muito.
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