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O velho e o mar, de Ernest Hemingway



O velho e o mar. Edição de 1956. Um livro curtinho, mas intenso. O velho, experiente e quase vencido, entrega-se ao mar para travar sua última batalha. O velho contra o mar. O jovem, amigo do velho Santiago, tem muito carinho e cuida desse pescador que só tem o mar e ao jovem como amigos. 

Ele também gosta do menino, seu único amigo. Santiago já anda cansado da vida, mas ainda tem forças para lutar. Ao lançar-se ao mar em sua canoa, o velho, finalmente, consegue que um peixe grande coma sua isca e tenha o anzol preso em sua boca. Porém, para que o velho capture o peixe, dias e noites se passam. E então ele luta contra sua própria velhice, suas fraquezas, sua mão esquerda que julga ser inútil. Depois, tubarões. 

Não vou revelar o desfecho dessa luta. 

Conversando sobre o livro, percebi que o autor, Ernest Hemingway, trata de assuntos que são particularmente do universo masculino. Verdade. É como se estivéssemos naquela canoa, lutando a luta do velho. O velho, por algumas páginas, poderia muito bem ter sido eu. E, na minha imaginação, fui o velho. 

Chegará um dia em que, literalmente, serei um velho e terei que encarar o mar, o peixe grande e os tubarões. Talvez eu saia vitorioso, ou não.

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