O fim do mundo está
próximo, mas não tão próximo assim. Quero dizer, não em Belas Maldições, livro
de Neil Gaiman e Terry Pratchett. Um anjo e um demônio, Aziraphale e Crowley,
apesar de tudo o que sabemos sobre anjos e demônios, são muito próximos e até
diria que amigos, mas claro que disfarçadamente para poder não pegar mal com o
Céu e o Inferno. Após trocar o bebê que seria o Anticristo e acabaria com este
mundo, muitas atrapalhadas acontecem e o fim do mundo corre o grande risco de
não ser mais o fim do mundo. Ainda temos um livro de uma bruxa que profetizou
sobre tudo o que aconteceria antes do fim do mundo, o As Justas Profecias de
Agnes Nutter, Bruxa. Nesta história o leitor irá encontrar anjos, demônios,
ETs, caçadores de bruxas, crianças que brincam de Inquisidores, os quatro
cavaleiros do Apocalipse, uma bruxa e um cão infernal que está mais preocupado
em caçar ratos e gatos do que em ser um cão infernal. Tudo isto se encaixa e
faz de Belas Maldições uma história divertida e nada comum.
O humor sarcástico, as alfinetadas
sobre assuntos polêmicos, referências à cultura pop do século XX e muita
imaginação é uma boa pedida para aqueles leitores que gostam de algo assim. As
histórias de Aziraphale e Crowley se cruzam com a de Anathema, que se cruza com
a de Pulsifer, que se cruza com a dos ETs que têm uma mensagem importante para
dar, que foi profetizada pela bruxa Agnes. Nunca o fim do mundo foi tão
bagunçado e tão hilário. O garoto Adam Young é uma criança como qualquer outra,
mas não qualquer. O quarteto Adam, Pepper, Brian e Wensleydale me fez lembrar
um pouco das crianças da série Stranger Things, e indo para a década de 80,
para as crianças do filme Stand by Me.
Não sei escrever bem
sobre livros de fantasia, acho que perdi a prática. Mas Belas Maldições não
poderia decepcionar os leitores que amam fantasia e que já estão acostumados
com o humor ácido do Terry. Só li um livro de cada autor, preciso me aventurar
mais nesse gênero como dantes. Qualquer coisa a mais que tentasse escrever só
serviria como “encher linguiça” e esta resenha ficaria pedante e tediosa.
Leiam e se divirtam, meus amigos.
Com certeza será mais um integrante da lista, há dias que penso em me aventurar nas obras de Neil, e não seria nada mau fazê-lo quando em uma obra dividida (rsrsr).
ResponderExcluirObrigada!
Olá, Kah! Se aventure, com toda a certeza não irá se arrepender. Beijos!
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