Todos já leram ou ouviram falar em As Crônicas de Nárnia, um clássico da literatura fantástica universal, mas poucos sabem que o seu autor, C. S. Lewis, também
escrevia ficção científica. Em A Torre
Negra e outras histórias, lançado esse ano pela Editora Planeta, os
escritos que iam para a fogueira foram reunidos e ganhou uma edição com notas
explicativas sobre como esses escritos foram resgatados e quando foram
escritos, e o que o autor estava querendo dizer com essas histórias. “A Torre
Negra”, “O homem que nasceu cego”, “As terras fajutas”, “Anjos ministradores”, “As
formas das coisas desconhecidas” e “Depois de dez anos” fazem parte do livro.
O primeiro fragmento
que lemos é A Torre Negra, que seria a continuação da Trilogia Cósmica. Nele,
lemos através do Lewis-personagem o que seus amigos descobriram. Através de um
cronoscópio é possível ver outra realidade, ninguém sabe se no passado ou
futuro, um outro mundo chamado por eles de Outrotempo. Em Outrotempo há uma
torre sendo construída, a Torre Negra, e escravos, soldados e um Homem do
Ferrão. Logo descobrem que em Outrotempo há duplicatas de pessoas do mundo real,
e Scudamour e sua noiva têm duplicatas nesse outro mundo. É uma história que
mistura horror, originalidade, fascínio e muita ciência.
Em certo momento, em um rápido momento, o Scudamour desse mundo passa para Outrotempo e sua duplicata, que era o Homem do Ferrão, vem para o nosso mundo. Não sou muito de ler histórias de ficção científica, mas não posso negar a genialidade desse grande escritor em narrar histórias tão complexas. Seus personagens são consistentes, e o horror que consegue passar ao descrever o Homem do Ferrão é indescritível. Já as outras histórias, algumas pequenas outras mais longas, são marcantes e difere de tudo aquilo que já lemos.
Em certo momento, em um rápido momento, o Scudamour desse mundo passa para Outrotempo e sua duplicata, que era o Homem do Ferrão, vem para o nosso mundo. Não sou muito de ler histórias de ficção científica, mas não posso negar a genialidade desse grande escritor em narrar histórias tão complexas. Seus personagens são consistentes, e o horror que consegue passar ao descrever o Homem do Ferrão é indescritível. Já as outras histórias, algumas pequenas outras mais longas, são marcantes e difere de tudo aquilo que já lemos.
Em Depois de dez anos,
Lewis se arrisca, de forma bem-sucedida, em ficção histórica. Nessa história,
Cabeça Amarela Menelau está dentro do cavalo de madeira que iria invadir Troia
para resgatar Helena e acabar com a cidade. Mas qual a surpresa de Menelau ao
avistar Helena, dez anos depois, velha e desprovida da beleza divina que tanto
sonhara! E agora, o que ele iria fazer? Na nota explicativa, Roger Lancelyn
Green explica que C. S. Lewis começou a escrevê-la antes de ir para a Grécia,
em 1959. Ele começou a enxergar imagens em sua cabeça “a imagem de Cabeça
Amarela no Cavalo de Madeira e a concretização de que ele e o resto devem ter
experimentado durante quase 24 horas de claustrofobia, desconforto e perigo”. Green
ainda diz que havia discutido com Lewis sobre todas as lendas de Helena e
Menelau. Mas ele não conseguiu prosseguir com essa história após a morte da sua
esposa Joy.
Para quem é fã do C. S.
Lewis, esse livro é uma preciosidade. São fragmentos que, possivelmente, iriam
ser queimados – assim como outros escritos foram queimados numa fogueira
durante três dias. Walter Hooper conseguiu salvar apenas estes que fazem parte
de “A Torre Negra e outras histórias”, e lamenta não poder ter salvado mais.
Nós também lamentamos muito, mas ficamos contentes por Walter ter conseguido
salvar esses seis. Ele também explica como achou os escritos e em qual
situação. C. S. Lewis morreu em 22 de novembro de 1963 e deixou um legado que
dura até hoje. Imortalizou seu nome entre os grandes da literatura universal.
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