Era sábado a noite. Todos estavam felizes porque iriam à
praia pela primeira vez. Os dois filhos de José e Maria estavam mais que
ansiosos. Tudo estava acertado. De cinco horas da manhã sairiam de casa rumo à
praia.
Estava fazendo um frio típico de quem mora no nordeste. Dia
muito quente, noite fria. A família Ferreira morava no interior de Pernambuco.
"Mainha, falta muito pra chegar amanhã?",
perguntou o menino mais novo, João. Era oito da noite, faltavam nove horas para
eles irem viajar.
"Falta muito não meu filho, daqui a pouco já tá
amanhecendo", disse Maria para João.
O pai, José, era um sujeito alto e forte. Simpático, um
cabra macho, querido por todos. Pegou o carro do amigo emprestado, já que ele
ainda não possuía um. Estava do lado de fora da casa, sobre o luar, lavando o
carro. Gabriel, o filho mais velho, ajudava o pai.
"Painho, tomara que não chova amanhã, né?"
"Que isso Biel, deixe de conversa que a manhã o sol
vai tá de escaldar um!” Terminaram de lavar o carro e entraram em casa. Maria
já estava na cama, pois o seu dia não foi muito fácil. Então toda a família
dormiu, e os meninos sonharam com o mar e com as brincadeiras que iriam fazer.
Cinco horas da manhã, José acorda as crianças. Escovam os
dentes, tomam um banho e comem alguma coisa. Estava tudo pronto, em menos de
uma hora estariam na praia.
A viagem foi tranquila. João e Biel aproveitaram para
dormir um pouco. Bem, dormiram o caminho todo. Fazia um dia ensolarado,
bastante bonito. Quando estavam chegando perto da praia, a mãe acordou os
meninos. Balançando os corpos adormecidos das crianças ela dizia:
"Acordem, vejam só! Vamos meninos, olhem a
praia!"
Eles despertaram do sono, sentaram-se e quando viram a
paisagem, ficaram boquiabertos e encantados com aquele montante de água que
parecia que ia engolir a cidade. Desceram do carro, e foram correndo de
encontro ao mar. Foi uma alegria daquelas. De repente, como da água para o
vinho, o céu ficou nublado.
"Hoje não, Deus...", sussurrava a mãe olhando
para o alto em uma prece. Um pingo de água caiu na testa de João, que olhou
para o céu e viu aquele tom de cinza melancólico. Outro pingo, e mais outro, e
mais outro.
Amei o conto!!!!
ResponderExcluirAdorei o seu blog e já estou a seguir :)
beijos,
Daniela RC
Blog: Doce Sonhadora
Obrigado Dani! Beijos.
ResponderExcluirConto simples e bonito! Me lembrou a mim mesma, nordestina, quando vi o mar pela primeira vez, aos dez anos. Achava incrível aquele azul sem fim.
ResponderExcluirParabéns!
Por um Livro na Vida
Obrigado Anna! São comentários feito esse que me faz prosseguir. Beijos!
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