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O filme conta a história de Masom (Ellar Coltrane), filho de pais separados. Masom mora com a mãe e a irmã, mas tem que lidar com a ausência do pai, os relacionamentos fracassados da mãe, e as constante mudanças de casa. Com diálogos interessantes, situações engraçadas, e momentos dramáticos, Boyhood cumpre com toda aquela expectativa de ser uma obra brilhante. O longa foi rodado durante 12 anos, começando em 2002 e só finalizado em 2014. Richard Linklater foi genial em fazer algo assim, que ao meu ver, é algo incrível. Gravar com os mesmos atores, durante esse longo período, acompanhando as transformações de cada um, e principalmente apostando em atores mirins, o qual não dá para saber se durante esse tempo vai continuar sendo interessante para o público, foi muito arriscado, mas deu muito certo.
Richard quis passar algo mais humano, mais realista. Quem não conhece alguém que teve que enfrentar, desde criança, a separação de seus pais? Conforme Masom vai crescendo, como todos nós, vai amadurecendo e enfrenta várias crises normais de todo e qualquer adolescente (o que eu quero ser de verdade? fotógrafo? faço faculdade para quê?). Há um diálogo de Masom e Sheena, quando estão indo para faculdade, onde ele questiona o por quê de nós estarmos conectados direto ao Facebook, deixando assim as relações pessoas e realistas de lado. Com mais de duas horas de duração, vi na tela da tevê de minha casa, uma criança evoluindo, conhecendo a vida como ela é, saindo de sua inocência. Primeira namorada, primeira vez, álcool, cigarro... Mas só uma coisa que eu queria saber sobre os personagens desse filme: ao se casar pela segunda vez, Olivia (Patricia Arquette), sai de casa por causa da violência do marido, o qual tem mais dois filhos, e abandona-os lá com um pai bastante violento. Desde então, nada se fala mais sobre aquelas criaturas, e o que aconteceu com elas.
Para quem não assistiu ainda, corre e assista loga. Pois uma das grandes apostas para o Oscar desse ano é Boyhood - Da Infância à Juventude.
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