O escritor paraibano Ariano Suassuna morreu nesta quarta-feira, aos 87 anos, no Recife. Ele estava internado desde segunda-feira no Real Hospital Português, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Seu quadro clínico se agravou no dia seguinte, com queda da pressão arterial e aumento da pressão intracraniana, que acabou provocando uma parada cardíaca, segundo nota do hospital.
Autor de peças, romances, contos e poemas, com muitas adaptações para a TV e o cinema, Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, capital da Paraíba, e mudou-se com a família para Recife em 1942. Em 1946, iniciou o curso de direito na Faculdade de Recife, onde conheceu Hermilo Borba Filho, com quem viria a fundar o Teatro do Estudante de Pernambuco. No ano seguinte, ele escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol.
Do ano em que se formou, 1950, até 1956, ele dedicou-se à advocacia, mas não abandonou o teatro. Foram escritas nesta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e, especialmente, Auto da Compadecida (1955), até hoje seu texto mais conhecido. Drama passado no Nordeste do Brasil, a peça mistura elementos da literatura de cordel, cultura popular e tradição religiosa. Sua escrita tem traços de linguagem oral, que demonstram na fala do personagem sua classe social e sua origem. Auto da Compadecida foi exibida em 1999 em formato de minissérie pela TV Globo e no ano seguinte foi levada ao cinema, dirigida por Guel Arraes e estrelada por Matheus Nachtergaele e Selton Mello.
Desde 1990 ele ocupava a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo Ângelo. Ele também integrava a Academia Paraibana e a Academia Pernambucana de Letras.
A obra de Suassuna é tema recorrente da cultura popular brasileira. No Carnaval de 2013, o Auto da Compadecida foi tema do samba enredo da escola paulistana Pérola Negra. O mesmo já havia ocorrido em 2002, quando o escritor foi tema da escola carioca Império Serrano, e em 2008, da paulistana Mancha Verde. Ele era torcedor fanático do Sport Club do Recife.
Fonte: Veja.com
Quando fiquei sabendo que ele estava doente,pelos jornais, fiquei mega triste . Me lembro da minha ex professora citar alguns textos dele :/
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Muito triste mesmo, meu Pernambuco perdeu um dos maiores gênios que um dia já conhecemos! R.I.P
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