Pedro teve um pai que deixou marcas profundas em sua alma. A relação de pai e filho nunca foi normal para ele. Antônio Carlos era um homem bruto, egoísta e sem responsabilidade alguma. Tratava o filho como se fosse um colega de bar. Bar. O pai de Pedro bebia muito e a cada dia que se passava, aprofundava-se mais e mais no álcool. Mais um adjetivo negativo para Antônio Carlos: bêbado. Os capítulos são alternados em primeira e terceira pessoa, um relembrando o passado e o outro narrando o presente. A leitura é rápida e prazerosa, faze-nos sentir um sentimento de ira contra o pai sem noção e de compaixão pelo filho traumatizado. Perguntamo-nos: que pai é esse? Pedro nunca teve o amor do pai, e Antônio Carlos nunca teve o amor do filho. Pensou no quanto mudou nesses anos todos. Era outro. Já havia sido vários outros. Uma vez ingênuo demais, outra vez inconsequente demais, medroso demais, apaixonado demais, iludido demais, bicho-grilo demais. Por vezes, tentou se autocorrigir, mas nã
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